quarta-feira, 28 de maio de 2008

3 dias para recordar - parte 6


Nota: Depois de um tempo afastado do blog eu volto, mas podem ficar tranqüilos, não gosto de deixar coisas inacabadas :P, acabei me ocupando muito, e quando havia tempo não sentia que era o momento para escrever, mas podem deixar que vou terminar os últimos capítulos .

Sempre achei que um bom amigo nunca deveria esconder nada, compartilhar segredos é algo que faz parte de boas amizades. Claro que não é raro casos de inevitáveis paixões por alguém que você admira muito, porém quando se tem uma amizade em jogo, é difícil não sofrer de paranóias que no meu caso foram desnecessárias e bastante dolorosas.
Acho que como acontecem nesses casos de amores e amizades, obviamente nunca quis gostar de DM, se pudesse controlar meus sentimentos, claro que seria a ultima pessoa no mundo que direcionaria esses tipos de sentimentos. Só havia uma coisa que podia destruir essa amizade tão importante em minha vida, e era justamente o que estava acontecendo no momento.
Nunca fui bom com mentiras, e odiava quando tinha que responder coisas que não queria, mas DM era insistente, ele não desistiria até descobrir o que me chateava, tentar achar soluções para os problemas dos outros era uma característica dele, ele só queria fazer as pessoas a sua volta felizes. Se eu soubesse realmente qual era meu problema, e a quem pudesse pedir ajuda, com certeza contaria com DM, mas achava difícil que algum dia conseguiria fazer com que ele entendesse minha situação, mas consegui ganhar mas algum tempo com o bombardeio de perguntas dele dizendo que o acontecia comigo nem mesmo eu entendia, e que por isso preferia não dizer, mas que com certeza um dia ele seria o primeiro com quem compartilharia isso que buscava compreender.
Já era quase fim do segundo e penultimo dia de acampamento, no próximo dia que seria domingo, aquilo ali estaria lotado de gente, então tentei esquecer meus problemas, esquecer de pensar em alguma maneira de deixar de gostar muito de alguém e aproveitar um pouco o lugar, já que amanhã perderiamos um pouco a sensação de clube particular.

Por um momento decidi parar de pensar em alguns sentimentos como se fossem coisas ruins, afinal não podia ter culpa de senti-los, então tentei aproveitar ao máximo o resto do dia com meus amigos, joguei bola, contei piadas, nadei, fiz caminhadas e também fiz o que eu mais gostava, conversei muito com DM, era tão bom conversar com alguém que tinha tanto assunto em comum, e que compartilha de mesmas idéias e pontos de vista. Tinha sorte por ter tão bons amigos que me faziam feliz e me faziam enxergar coisas que não veria sozinho, queria parar de pensar coisas que me deprimissem, apesar de saber que seria dificil, mas iria fazer um esforço muito maior, afinal, a minha felicidade estava em jogo.
Decidi que não iria fazer nada para que algum tipo de relação além de amizade entre eu e DM acontecesse, porque definitivamente não era o que eu queria. Nunca vou entender ao certo isso, pois apesar de gostar de DM mais que um amigo, nunca quis mais que uma amizade sincera, talvez a dúvida que havia sobre mim mesmo acabaram fazendo com que confundisse meus sentimentos, ou até mesmo me tornando mais carente, alias, quem não quer amar e sentir-se amado.
Neste ultimo dia dormindo fora de casa, me sentia mais aliviado, pude perceber a sorte que tinha, e os amigos que me completavam, e nunca queria perder isso, o que realmente era importante pra mim, decidi que deveria tentar compreender e me conhecer melhor, e resolver o que sentia sem pressa, sem ter medo, porque talvez só assim, meus amigos poderiam me entender melhor e quem sabe me ajudar e me apoiar.
No domingo pela manhã, fomos surpreendidos pela quantidade de pessoas no local, claro que imaginávamos que muita gente iria até o local no fim de semana, mas não tanta quanto estavam no local e que não paravam de chegar. Também já não tínhamos quase nada para comer, juntamos uns poucos trocados que tínhamos pra comprar algo pra comer, em mais algumas horas o irmão de Truga viria nos buscar.
Estava satisfeito, apesar dos problemas e surpresas que passamos juntos, tinha concluído que este havia sido um acampamento inesquecível, até ter a infelicidade de esbarrar com outros garotos do nosso bairro, que não eram nada mais que nossos PIORES inimigos, e ter a leve impressão que em apenas algumas horas, o pacote de boas lembranças poderiam ir para os ares.

[continua]






Um comentário:

Rafael disse...

e chega o pessoal da rua debaixo!
ashiahsiua
adorando! ^^,