segunda-feira, 21 de abril de 2008

3 dias para recordar - parte 5


Medidas urgentes pedem soluções drásticas, então depois de algum tempo pensando e sugerindo algumas idéias, logo foram aparecendo algumas que pareciam funcionar.
"E se a gente trocasse a nossa lâmpada queimada por alguma aqui do camping que esteja funcionando?"
"É isso Ramirez! mas como a gente vai fazer isso sem ser notado? sera que há alguma maneira?"
"Ramirez, você podia pegar a do banheiro perto da piscina! é claro, ninguém vai ver, e nós ficamos aqui fora vigiando, se aparecer alguém a gente faz algum sinal, tipo rir, ou cantar, sei lá..."
" Porque eu D? eu já dei a idéia...!"
"Ah Ramirez, é super fácil e você quase nunca ajuda em nada, então vai logo e não reclama!"
Então Ramirez colocou a lâmpada queimada no bolso, e foi rumo ao banheiro, depois de algum tempo ele sai de lá segurando pra não rir, como uma criança que acabara de fazer uma travessura. Por sorte não apareceu ninguém, o plano ocorreu tudo bem, e pelo tempo que Ramirez demorou ele deve ter aproveitado pra usar o banheiro para outras finalidades.
Agora com o problema de luz resolvido, já era algo a menos há se preocupar, mas era engraçado ver que no segundo dia as coisas não paravam de se complicar, e se não arrumássemos logo alguma solução pro repelente elétrico ao qual havia acabado o refil, aí sim a situação ficaria literalmente preta, preta de tantos insetos que comeriam a gente vivo no meio daquele mato onde judas perdeu o All star.
Por sorte havia lembrado que um dia viu na televisão que tinha uma planta que podia ser usada como repelente pra insetos, e a tal planta chamada capim-limão era muito fácil de se achar por ali, agora bastava torcer pra que funcionasse, mas isso descobriríamos somente pela noite. Também havia ainda, o problema com a falta de comida, e não tinha jeito, o negocio era racionar comida pra não passar fome, o que seria mais difícil já que eramos quatro garotos mortos de fome.
Esse segundo dia começou de forma engraçada, o sol brilhava fracamente, lembrando ainda a noite anterior de muita chuva, que deixou muitas marcas, incluindo a lama que ainda não havia secado, então tínhamos que tomar cuidado para aquilo não virar uma bagunça total. Descobri que meu celular não tinha sinal, o que me preocupou um pouco, pois se precisássemos de ajuda não teríamos como ligar pra ninguém, e não fazia idéia se poderia ter algum telefone público ali por perto.
Próximo ao meio dia o sol já brilhava com um pouco mais de vontade, nessa manhã além de tentarmos solucionar alguns problemas, aproveitamos pra relaxar, ouvir música e se distrair um pouco, quando lembramos Truga de colocar suas coisas que estavam úmidas e mal cheirosas em algum local pra tomar sol, afinal não saberíamos o que seria mais difícil nessa noite, o colchão mal cheiroso do Truga, os mosquitos, a probabilidade de não ter luz, ou o sapo que podia sair da dispensa onde estava preso.
Depois de um divertido churrasco onde ninguém sabe fazer quase nada mas dá palpite, fomos nadar, eu aproveitei pra dar umas caminhadas e conhecer melhor o local, além do mais havia momentos que preferia estar sozinho, talvez pelo motivo de muitas vezes ter medo de não conseguir controlar alguns impulsos que tinha ao ficar próximo demais dos meus amigos, em especial ao DM é claro. Acabei descobrindo uma parreira de uvas, e aproveitei a oportunidade pra levar algumas escondidas para comermos depois, só que por azar o cara que cuidava do local acabou vendo e algum tempo depois chamou a nossa atenção e disse que não podíamos pegar frutas e outras coisas do local.
Foi realmente um azar o cara ter visto, mas valeu a pena, mesmo levando uma bronca feia, no final a gente acaba rindo das situações. DM e eu percebemos algum tempo depois, que as coisas que Truga havia colocado em uma cerca ali perto não estavam mais lá, então corremostodos em direção a cerca pra saber o que havia acontecido, talvez o vento poderia ter derrubado, mas ao chegar lá, percebemos que não tinha sido vento coisa nenhuma, mas sim as vacas, isso mesmo, as vacas devem ter pensado que o cobertor e colchão fedorento do Truga fosse algum tipo de queijo exótico e tentaram comer.
Nem mesmo o shorts de DM que estava molhado e ele havia colocado pra secar ficou livre do ataque das vacas malucas, por sorte estava tudo inteiro, o máximo que havia acontecido era que haviam sujado um pouco por cair no chão, mas isso nos rendeu alguns bons momentos de risos, depois escolhemos melhor o lugar para pendurar as coisas para que não acontecesse o mesmo mais uma vez.
O resto da tarde eu resolvi ficar sozinho ouvindo música e pensando na vida, enquanto os outros três pareciam disputar quem tirava mais água da piscina de tanta bagunça que faziam ao nadarem, algum tempo depois DM apareceu de surpresa. Eu não podia disfarçar minha cara de tristeza que fazia ao pensar em algumas coisas da minha vida, o que me deixou sem jeito, não queria que ele me enchesse mais uma vez de perguntas, a verdade é que não sabia se queria ser ouvido ou não, e sabia que ele não ia largar do meu pé sem me ver animado ou ouvir o motivo de estar cabisbaixo .


[continua]



3 comentários:

Rafael disse...

ai que agonia! Você escreveu tão pouco dessa vez! =/~

escreve mais, mais, mais!
to adorando
aihaihea
^^

Rafael disse...

cri cri cri
continua! >D

Rafael disse...

eu acho que só eu que leio e por isso vc não da importancia! =/

fazia uma cara que nao postava aqui! humf..

pensei "ah, vou ler o livro dos sonhos um dia todos, ele deve ter postado horrores"

IAHIhaiHIAUHa